COSEMS/TO participa de oficina sobre a redução da mortalidade materna e na infância, promovida na CIT

Foi realizado em Brasília, nos dias 28 e 29 de agosto, a Oficina Tripartite sobre mortalidade materna e na infância, para discutir propostas para alcançar as metas nacionais dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). O encontro foi provocado pelo aumento nas taxas de mortalidade infantil nos últimos dois anos, que chegou a 4,8% no país.

O COSEMS/TO foi representado pelo diretor de comunicação Clésio Alves da Silva, Secretário Municipal de Saúde de Brasilândia, que acompanhou de perto as apresentações e debates.

Segundo o Clésio, foram levantados vários pontos que estão contribuindo para que tal realidade se consumasse, mas focaram principalmente em soluções.

Foram colocados os desafios da Atenção Primária como carro chefe para a redução da Mortalidade Materna e na Infância, sendo que esta é porta de entrada na assistência e que as RAS - Redes de Atenção à Saúde - têm um grande papel na busca desta redução. Um exemplo é a Rede Cegonha, que tem avançado bons resultados na assistência à saúde da mulher e da criança.

Foi proposta uma revolução na Atenção Primária em Saúde para melhorar a comunicação entre os atores, promovendo assim um fortalecimento nas estratégicas e no enfrentamento deste quadro de mortalidade materna. Neste ponto, as equipes precisam estar integradas, multiprofissionalmente, para o enfrentamento. Da mesma forma, as Vigilâncias em Saúde também precisam conversar mais, agentes de saúde trocando informações com agentes de endemias, e assim os demais.

Durante o evento foi acordado que é preciso ter qualificação profissional e financiamento adequado para que as REDES de assistências funcionem de forma resolutiva. Foram cobradas medidas de promoção de qualificação de enfermeiros obstetras, além de políticas que foquem na redução da gravidez na adolescência, na redução dos partos cesarianas (hoje 55,5%) e na devolução de leitos obstétricos ao SUS, já que nos últimos anos a redução desses teria chegado a 10 mil leitos.

Na opinião de Clésio, “a oficina trouxe os velhos e os novos desafios das redes para a implementação de estratégias de enfrentamento da mortalidade materna e na infância. Ficou evidente a necessidade de fortalecer as Redes, exemplo a Atenção Primária, na busca por uma atenção resolutiva. Isso é fundamental para que os princípios do SUS sejam, de fato, respeitados”.

 

O Presidente do CONASEMS Mauro Junqueira cobrou em seu pronunciamento o fortalecimento da Atenção Básica, enfatizando desafios como a flexibilização de contratos profissionais sem penalizações fiscais, chamou a atenção para a necessidade de melhorar os sistemas de informações potencializando o e-SUS, e melhorando o PNI sobre as atualizações dos dados. Também criticou a estagnação dos investimentos em Saúde, o desabastecimento de vacinas e anticoncepcionais no Ministério da Saúde, bem como na necessidade de realizar novas contratações e investir em educação permanente de profissionais.

Todo o debate serviu para evidenciar estratégias que serão a base de novas pactualizações para os próximos meses, que serão tratadas pelo Comitê Intergestores Tripartite.

  • 03 de setembro de 2018

  • Ascom COSEMS/TO

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