Em conferência participantes debatem, através de eixos temáticos, o papel da vigilância em saúde no enfrentamento da hanseníase

 

Cerca de 400 pessoas entre gestores e profissionais de saúde, representantes de movimentos sociais e pacientes, que participam da I Conferência Nacional Livre - Vigilância em Saúde com ênfase em Hanseníase dividiram-se em grupos na tarde desta quinta, 19, para debater e apresentar propostas dentro de quatro eixos temáticos: I - O lugar da vigilância em saúde no SUS, II - Responsabilidades do Estado e dos governos com a vigilância da hanseníase em saúde, III - Saberes, práticas, processos de trabalho e tecnologias na vigilância em saúde e IV - Vigilância em saúde participativa e democrática para enfrentamento das iniquidades sociais em saúde.

A coordenadora estadual do Controle da Tuberculose de Pernambuco, Cândida Ribeiro, participou das discussões do eixo II e destacou a maturidade do debate. “É importante ter um espaço como esse para pensar políticas para uma doença como a hanseníase. A gente precisa de gestores comprometidos que entendam o quanto é importante que essa doença seja vista de forma mais humana e acolhedora, não só o gestor mas o profissional de saúde, não adianta só saber diagnosticar em tempo oportuno, ele tem que saber também acolher o paciente, fazer com que ele não se sinta estigmatizado, porque é uma doença que tem cura”, ressaltou.

De Marabá (PA) veio a coordenadora de Doenças Crônicas da Secretaria Municipal de Saúde, Diane Freitas que participou do Eixo III. “Como Palmas é um município referência para o Brasil eu vim na intenção de buscar algumas ideias e levar para o nosso município que ainda está bem falho. Marabá hoje é quinto município brasileiro em casos em menores de 15 anos, município bastante endêmico e muito extenso, a zona rural tem mais de 150 quilômetros de extensão e de intenso fluxo de pessoas”, disse.

O coordenador geral do Grupo pela Vidda (RJ), Márcio Villard, destacou que a participação nos eixos promove um intercâmbio entre várias áreas como hanseníase, tuberculose e leishmaniose. “O interessante é que cada um tem uma visão de vigilância em saúde e na verdade, ela (a vigilância) deveria ser uma ferramenta para trabalhar a saúde e hoje o que vemos é que trabalha o prejuízo e não a prevenção. Então essa proposta que a conferência tem de empoderar os profissionais e os pacientes que nem sempre têm conhecimento dessa doença é fundamental. A hanseníase sofre estigma por ignorância social, é uma doença que tem cura e precisa ser evidenciada e debatida”, ressaltou.

A programação da I Conferência Nacional Livre - Vigilância em Saúde com ênfase em Hanseníase segue nesta sexta, 20, no auditório principal do Ceulp|Ulbra:

Sexta-feira, 20

8 horas - Mesa redonda com especialistas na Atenção Primária à Saúde, Atenção Secundária em Saúde, Vigilância em Saúde e Controle Social 

9h30 - Debate em pequenos grupos - Contribuições ao Protocolo de Assistência e Vigilância em Saúde da hanseníase

14 horas - Plenária: Deliberações, eleição de delegados, leitura e aprovação da Carta de Palmas

  • 20 de outubro de 2017

  • site Prefeitura de Palmas - Por Igor Flávio

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