Gestão da Saúde Pública com características regionais é tema de debate no último dia do 34º Conasems

A mesa “Gestão do SUS e vulnerabilidade populacional nas macrorregiões brasileiras”, que contou com a presença de autoridades em saúde para discutir as especificidades de cada localidade, foi realizada na manhã desta sexta-feira (27), em Belém (PA). A programação faz parte do último dia de atividades do 34º Congresso Nacional das Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) e 6º Congresso Norte e Nordeste, no Hangar Centro de Convenções e Feiras da Amazônia.

Fizeram parte da mesa o vice-presidente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Wilames Freire Bezerra, a secretária de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Cheila Maria de Lima, a 1ª vice-presidente regional da Região Nordeste, Normanda da Silva Santiago, o 2º vice-presidente regional do Rio Grande do Sul, Rubens Griep, o 1º vice-presidente regional da Região Norte, Januário Carneiro da Cunha Neto, e o 2º vice-presidente regional da Região Centro-Oeste, André Luiz Mattos.

Durante as apresentações, as autoridades destacaram as dificuldades de acesso aos municípios, especialmente em estados de grande porte, como o Amazonas e o Pará, que são permeados de vias fluviais sub-aproveitadas. Os participantes foram unânimes em assegurar que a autonomia na condução das políticas de saúde precisa ser uma realidade para todos os estados brasileiros.

“O Ministério da Saúde constrói políticas de costas para a realidade brasileira. Utilizar os mesmos critérios para municípios completamente diferentes é uma situação insustentável. Precisamos de um financiamento diferenciado, de uma intersetorialidade forte e bem estruturada, para que o Sistema Único de Saúde possa continuar beneficiando a população com todo o seu potencial de trabalho, que infelizmente ainda não está sendo aproveitado como poderia”, afirmou o vice-presidente da regional Norte, Januário Neto.

Ao final das explanações dos membros da mesa, os participantes do Congresso puderam esclarecer alguns pontos discutidos durante a manhã e também tecer comentários relacionados à gestão de saúde nos municípios brasileiros.

A sessão foi encerrada com a secretária de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Cheila Lima, que destacou a necessidade de voltar a atenção para os indicadores sociais como envelhecimento da população, crescimento do alcoolismo entre jovens, aumento de gestações de risco devido à hipertensão, obesidade e até mesmo mortalidade infantil. “Os índices ligados a esses problemas voltaram a configurar uma preocupação para a saúde brasileira. Nossa luta é por estabelecer ações conjuntas entre os setores públicos, como economia, segurança, mobilidade e principalmente educação. Dessa forma, poderemos trabalhar de forma integrada na busca pela descentralização do sistema de saúde e da organização ascendente do SUS”, explicou.

  • 28 de julho de 2018

  • Ascom COSEMS/TO - Ingrid Bico

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